Cortina blackout verde: um refúgio com cor na minha sala
Eu tenho 40 anos, e nessa idade a gente já quer uma casa que seja nosso ninho, um lugar pra descansar o corpo e a cabeça. Minha sala tem uma janela de uns 3 metros que eu adoro, mas às vezes o sol batendo forte ou a luz atrapalhando minha série favorita me deixavam de mau humor. Foi numa dessas que pensei: vou botar uma cortina blackout verde. Queria algo que bloqueasse a claridade, mas que também trouxesse vida, um toque de cor que fugisse do básico. E, olha, foi uma aventura – com uns perrengues, claro –, mas hoje essa cortina é meu orgulho.

A ideia surgiu num fim de tarde, quando o sol não me deixou relaxar no sofá. Queria um blackout, mas nada sem graça como aqueles cinzas de sempre. Fui numa loja de decoração e achei o tecido dos meus sonhos: um blackout com textura tipo camurça, num verde-oliva profundo. Passei a mão e senti o peso – firme, mas com um toque aveludado que prometia elegância. Escolhi um trilho simples, com cordão, pra facilitar abrir e fechar os 3 metros. Saí de lá animada, imaginando minha sala virando um cantinho aconchegante, mas sem nem desconfiar da trabalheira que vinha pela frente.
Comprando e instalando: um teste de paciência
Cheguei em casa com o tecido e o trilho – branco, discreto, pra deixar o verde brilhar. Primeiro desafio: instalar sozinha. Peguei a furadeira, subi na escada e, como era de se esperar, errei feio na primeira tentativa. O trilho ficou torto, e quando pendurei a cortina, o blackout verde ficou puxando pra um lado, parecendo um pano mal esticado. Meu irmão, que tava aqui jogando baralho, riu: “Tá parecendo cortina de barraca de feira!”. Quase joguei o martelo nele, mas dei risada e voltei pro trabalho.
Depois de uns ajustes – e uns buracos na parede que disfarcei com massa corrida – o trilho ficou firme. A cortina blackout verde deslizou no trilho, cobrindo os 3 metros com um caimento pesado e chique. O som era quase nulo, só um leve roçar abafado, e a luz? Sumiu. Nada de sol invadindo, só um verde-oliva que parecia abraçar a sala. Foi aí que senti que o esforço tinha valido cada minuto.
Dicas pra quem quer se jogar no blackout verde
Se você tá pensando numa cortina blackout verde, anota aí o que aprendi na marra: mede tudo direitinho, porque o tecido é mais pesado e qualquer desnível no trilho aparece. Escolhe um verde que não seja muito escuro, pra não pesar o ambiente – o meu oliva foi perfeito, quente sem ser exagerado. Testa o peso antes de instalar – eu quase me dei mal porque o trilho quase não aguentou. E, sério, um cordão pra puxar é vida com 3 metros de blackout, senão você vira ginasta tentando abrir e fechar.
Eu gosto dela bem longa, quase arrastando no chão, porque acho que dá um ar sofisticado e desleixado na medida certa. E prefiro um blackout que bloqueie quase tudo, mas que ainda deixe um tiquinho de luz passar – só pra não ficar caverna total.
O dia a dia e as reações da turma
Desde que instalei, minha rotina ganhou um conforto novo. No verão, fecho ela à tarde pra cortar o calor – o tecido barra o sol direitinho, e a sala fica fresquinha, com um cheiro de casa fechada que me acalma. No inverno, abro de manhã pra pegar um pouco de luz, e à noite fecho tudo pra deixar o ambiente mais quentinho. O verde-oliva muda com a iluminação: de dia, é sóbrio e elegante; à noite, com as luzes acesas, fica acolhedor, quase como um veludo vivo.
A galera aqui em casa pirou. Minha amiga, que ama decoração, disse: “Nossa, ficou chique e cozy ao mesmo tempo!”. Meu sobrinho pequeno ficou olhando curioso: “Tia, parece floresta escura!” – e tentou se esconder no tecido, claro. Minha mãe, que é mais tradicional, achou diferente no começo – “Verde, hein?” –, mas depois elogiou: “Tá bonito, dá um ar de casa bem cuidada”. Acho que todo mundo sentiu que a sala ganhou um refúgio com personalidade.
Agora, olhando pra cortina enquanto escrevo, penso no quanto ela mudou meu espaço. O tecido já tem o cheiro da casa – um misto de madeira, café e aquele ar que fica quando fecho tudo. É mais que uma cortina, é um pedaço de mim ali, entre o trilho e o verde que me protege do mundo. Se eu, com minha furadeira barulhenta e minha teimosia, consegui fazer esse blackout verde brilhar, você também consegue. Só vai com calma, escolhe um tom que te abrace e curte o resultado – é um sossego com cor que não tem igual.